domingo, 30 de março de 2008

É só isso

Há tempo queria escrever este texto e não sei por onde começar, então eu vou só deixar fluir. É mais ou menos sobre isso que eu quero escrever; a simplicidade de algumas coisas, que as vezes nós tornamos complicadas.

Hoje em dia, todos fazem um texto sobre Parkour, sobre o que é a arte. Claro que cada um tem sua opinião sobre o Parkour e creio que cada um a deve expor. Mas por que essa necessidade de definir o Parkour? Muitos traceurs, para os quais o Parkour já é um modo de vida, devem ter passado por uma situação como esta pela qual eu já passei: alguém te pergunta, o que é o Parkour pra você? E você não consegue responder nada, mas ao mesmo tempo pensa em tudo, tudo o que representa o Parkour e tudo que este representa, simplesmente tudo.

Como eu disse antes, cada um tem seu ponto de vista, seu modo de vida. Eu venho aprendendo com o Parkour ultimamente, e com outras coisas, a seguir minha filosofia de vida. Há um tempo eu comecei a treinar Tae Kwon Do, e já me perguntaram: tu treina TKD por causa do Parkour? E eu dizia; sim. Mas com o tempo eu fui notando que isso tudo vem fazendo parte do meu modo de viver, da maneira como eu quero levar minha vida. O Parkour é tudo para mim, e junto com o Tae Kwon Do e outras coisas, vem me ensinando a levar minha vida de acordo com meus ideais, sempre aprendendo e inserindo coisas novas.

As vezes nos ligamos demais a definições e nomenclaturas. Lembro de um dia que eu estava treinando com lukinhas, e nós estávamos em cima de um minihalf onde treinamos algumas vezes. Eu já tinha tentado umas 2 vezes pular do half me agarrando na base de um coqueiro que ficava abaixo, e ele perguntou: "Tás querendo fazer cat leap para o coqueiro?" E eu respondi: quero pular para o coqueiro. Vendo a reação no rosto dele eu percebi que ele tinha notado uma coisa que eu também vinha notando; nos preocupamos demais com os nomes dos movimentos. Por que fazemos um pop e não simplesmente "passamos o muro"? Por que um precision e não um simples pulo daqui para ali?
Outra coisa que acontece também, quando chega um iniciante lhe ensinamos um monkey e um lazy e não a passar de frente e de lado no muro, é muito mas simples ensiná-lo a saber usar seu corpo, a se conhecer. Definições só tornam tudo mais complicado, "quando usamos uma maneira sem nome de passar um muro deve-se chamar de passement" lembro quando eu pensava assim, atualmente eu a chamo de Parkour.

É até paradoxal buscar a "perfeição" de forma simples, mas por isso o Parkour é único e incomparável, podemos com simplicidade buscar sempre a evolução dos movimentos e nossa evolução física e mental. Com certeza ainda temos muito a aprender, e inserir em nossas vidas. Sempre poderemos pedir que se afastem do nosso sol.

Postado por: Pipou

2 comentários:

Anônimo disse...

Dias depois...

"Pow, Lukinhas...tá fogo aí, né? Estás pensando em fazer oq pra chegar lá?"
"PARKOUR MERMAAAO !!"

Duddu Rocha disse...

não concordo com o todo, mas mesmo assim é o seu modo de ver a situação.

E parabens por compartilhar isso. :)